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Publico: Encontros da Imagem regressam a olhar para o futuro do planeta e da cultura

Encontros da Imagem regressam a olhar para o futuro do planeta e da cultura

A 33.ª edição do festival volta a Braga – e estende-se a Barcelos, Guimarães e Porto – com 49 exposições, em busca de respostas para as grandes inquietações da actualidade.

Ana Marques Maia

14 de Setembro de 2023, 8:25

Encontros da Imagem regressam a olhar para o futuro do planeta e da cultura
Estão em marcha os últimos preparativos para a inauguração, esta sexta-feira, 15 de Setembro, da 33.ª edição do festival internacional de fotografia Encontros da Imagem, este ano dedicados ao tema Ensaio Para o Futuro. A representatividade, a inclusão, a sustentabilidade ambiental e os movimentos sociais, que têm sido mote de inúmeros festivais de fotografia e eventos de artes visuais por todo o mundo ao longo dos últimos anos, atravessam as 49 exposições e instalações distribuídas por 24 espaços das cidades de Braga, Guimarães, Barcelos e Porto.

https://www.publico.pt/2023/09/14/culturaipsilon/noticia/encontros-imagem-regressam-olhar-futuro-planeta-cultura-2063257

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Encontros da Imagem regressam a olhar para o futuro do planeta e da cultura
A pandemia, momento que forçou uma reflexão colectiva acerca do futuro do planeta e da humanidade, precipitou a escolha das temáticas da presente edição, refere ao PÚBLICO Simone Almeida, que, em conjunto com Carla Bacelar e Noora Manty, dirige o festival. “Sabemos que não estamos bem, que a nossa sociedade não é funcional, que estamos a sobreexplorar o planeta, e quisemos, através dos trabalhos que seleccionámos, propor uma reflexão em torno de novas formas de organização, de modos de vida e de criação.”

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O conceito de “monstruosidade” traspassa o trabalho de Diego Moreno, assim como o do fotógrafo suíço Matthieu Croizier, que utiliza o seu corpo de forma performativa para construir “uma carta de amor ao anormal, uma renúncia à normalidade” com base em auto-retratos – um acto de resistência ao estigma associado à comunidade LGBTQI+, de que faz parte. A comunidade queer encontra também representação nos trabalhos de Pauliana Valente Pimentel, que se debruçou sobre a cidade de Braga para encontrar os seus sujeitos fotográficos, e de Victoria Jung, que documentou a realidade de exclusão experienciada pelos autodenominados “queerdos” de Nova Orleães, nos Estados Unidos.

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Envolver o público

Em paralelo às exposições, o festival lança anualmente três open calls – Emergente, Discovery Award e Photobook – que têm como objectivo a captação de talento emergente e a distinção dos melhores fotolivros do ano. “Recebemos, este ano, 853 candidaturas de 59 países”, um número superior ao de edições anteriores, sublinha Simone Almeida.

O primeiro prémio, Emergente, no valor de cinco mil euros, é atribuído com base em leitura de portfólios, um evento que se realiza estas quinta e sexta-feira no Theatro Circo, em Braga, e que dá a 75 fotógrafos em início de carreira a oportunidade de apresentarem os seus projectos a especialistas. Este ano, o evento conta com a presença de Sarah Gilbert, editora de fotografia do jornal britânico The Guardian. O prémio Discovery concede a 30 fotógrafos a oportunidade expor no festival, a par dos artistas convidados, em formato físico ou através de projecção, e concede a um deles o prémio de mil euros.

Para além disso, haverá várias conferências dedicadas à fotografia, visitas guiadas às exposições, apresentações de livros, ciclos de cinema e mais exposições de rua. “O festival é muito conhecido internacionalmente, existe há mais de 30 anos e já é uma referência, mas por vezes é difícil estabelecer a ponte com as pessoas que vivem em Braga”, aponta Simone. “Queremos apostar numa maior interacção com elas, queremos envolvê-las nos Encontros. Esse é o objectivo principal desta edição.”

Der Greif Guest Room: bindi vora

Guest Room aims to spark collaboration. Bindi Vora, photographic artist, associate lecturer at LCC, and curator at Autograph London, along with Justine Ellis, photographer and co-director of Perimeter Books, have decided to join forces. Together, they are currently working on Bindi Vora's upcoming book "Mountain of Salt".

To guide the submissions for their Guest Room, Bindi Vora and Justine Ellis asked to send through a word accompanying each exhibition, following the unique framework: "A picture is worth a thousand words but maybe it only needs one."

The Guardian - I’ll be my mirror: sizzling self-portraits – in pictures

Marriage, injury, anxiety and grief are all explored in the these stunning images from the Mirror of Self exhibition at PhotoBrussels festival

Mee-Lai Stone

@mlestone

Thu 19 Jan 2023 07.00 GMT

Sara, France, 2011, from the series Khamsa khamsa khamsa, 2012-2022

This series is the result of a 20-year process, begun by Julia Gat at the age of 14. Gat tells the story of her childhood and adolescence, growing up alongside her two brothers and two sisters. It is a visual autobiographical narrative in the form of a family archive. Her mother used to say ‘the archive keeps that world we lived in as a real place, which otherwise could be easily mistaken for a dream’

Interview x WdKA: Alumni Julia Gat wins Steenbergen Stipendium Public Award 2021

Interview x WdKA: Alumni Julia Gat wins Steenbergen Stipendium Public Award 2021

The Steenbergen Stipendium Public Award 2021 went to WdKA alumni Julia Gat. It is the oldest photography award in the Netherlands and has been accompanied by an exhibition of the nominees’ work in the Nederlands Fotomuseum ever since its first edition. Julia's work, together with the other four nominees, is exhibited there from 3-12-2021 until 13-02-2022. In this short interview, she tells more about the winning project 'khamsa khamsa khamsa', her choice to study at WdKA and her plans for the future.

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portfolio x médiapart: "L’éducation sans école" 2020

Depuis 2010, Julia Gat, âgée alors de 13 ans, photographie le quotidien de ses frères et sœurs, qui ne sont pas scolarisés et qui, comme elle auparavant, suivent des cours et des activités choisis par rapport à leurs propres centres d’intérêt. Elle a élargi ensuite son propos aux enfants d’autres familles éduqués de même en France, en Israël, puis aux Pays-Bas. Ce travail, nommé Unbringing, empli de couleurs et d’énergie, illustre une certaine idée de la liberté de l’enfance et a convaincu le jury du prix Isem (ImageSingulières, ETPA, Mediapart) pour la photographie documentaire, qui lui a accordé le prix Jeune 2020 (pour les autres prix décernés, lire ici).

« Upbringing (2010-2020) est une série photographique documentant l’enfance épanouie. Des jeunes, en plein jeu ou en voyage, animent ces corps libres, débordants d’énergie. Leurs dynamiques de groupe, à la limite de la chorégraphie, me servent comme terrain de recherche visuelle sur la relation de l’individu à son environnement, écrit Julia Gat en guise de présentation de son travail. Les contrastes et couleurs vives reflètent la pureté de leur quotidien, une certaine fraîcheur. »

« La particularité de ces enfants repose sur leurs environnements éducatifs : des modèles alternatifs. […] Une sensation de liberté et de curiosité ludique stimule le développement, le changement, l’apprentissage. Upbringing va au-delà de la documentation traditionnelle pour représenter l’enfance d’une manière inédite : il permet ainsi de questionner notre perception du processus éducatif, surtout lorsque l’apprentissage se retrouve dans tous les aspects de la vie. Au fil des années, le projet développe une volonté de mettre en lumière la multiplicité des formes éducatives, dans ce monde en transition. »

[…]

« Upbringing est une invitation ouverte à jeter un regard actif sur le monde autour de nous, une contemplation de ces moments d’entre-deux qui composent notre quotidien. En contribuant à la discussion sur la photographie comme catalyseur de changement positif, Upbringing célèbre la recherche d’innovation dans l’éducation, la possibilité d’une enfance plus libre. »

Fisheye Magazine: lauréats des Prix ISEM 2020

Christian Lutz et Julia Gat, lauréats des Prix ISEM 2020

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Les Prix ISEM, consacrés à la photographie documentaire, ont récompensé cette année deux lauréats : Christian Lutz et Julia Gat. Deux auteurs développant des visions aussi dissemblables que nécessaires.

Depuis trois ans, ImageSingulières, l’ETPA et Mediapart s’associent pour décerner deux prix photographiques, destinés à accompagner des auteurs dans la réalisation d’un projet sur lequel ils travaillent depuis plusieurs mois, voire plusieurs années. Lors de cette édition, près de 220 candidats ont présenté au jury leurs travaux. Christian Lutz, photographe suisse a remporté le Grand Prix ISEM, ainsi qu’une dotation de 8000 euros pour poursuivre Citizens. Le Prix Jeune Photographe ISEM – dédié aux moins de 26 ans – a quant à lui été attribué à l’auteure d’origine israélienne Julia Gat, qui reçoit 2000 euros pour développer son travail sur les enseignements alternatifs.

De l’extrémisme à l’insouciance

Explorant différentes formes d’écritures photographiques, les lauréats s’intéressent tous deux aux enjeux sociétaux. Dans Citizens, Christian Lutz documente les mouvements populistes en Europe. « Leurs arguments nous renvoient à nos frontières physiques et symboliques, préparent le terrain de la guerre sociale, des phobies, des asphyxies de la pensée, et du lien humain », déclare le photographe. Après la Hongrie, le Royaume-Uni, la France, la Pologne, l’Autriche, l’Allemagne et la Suisse, ce dernier entend développer son projet en Italie, Espagne, Grèce, Serbie et Slovaquie. Un panorama glaçant des villes européennes dont « les municipalités sont entre les mains de partis populistes de droite, glissant pour certains vers le fascisme », précise-t-il.

Passionnée par le monde enfantin, Julia Gat s’intéresse quant à elle aux jeunes qui suivent un enseignement alternatif, sans école obligatoire. Une éducation qui lui est familière. « Lorsque j’étais petite, j’ai pratiqué la non-scolarisation. J’ai eu accès à un système personnalisé, préconisant des cours et des activités choisis par rapport à mes centres d’intérêt », confie-t-elle. Entre spontanéité et mise en scène, elle signe un portrait frais et coloré d’une enfance libérée. De l’extrémisme à l’insouciance, à travers cette nouvelle édition, les Prix ISEM réaffirment leur volonté d’encourager la diversité remarquable de la photographie documentaire.

9Lives: Les noms des lauréat·es du Prix ISEM de la photographie documentaire dévoilés

Bien que l’édition 2020 du festival ImageSingulières n’ait pu avoir lieu ce mois de mai – face à la crise sanitaire – les organisateurs ont souhaité maintenir le Prix ISEM. Visant à soutenir deux photographes travaillant dans le documentaire, ce prix récompense cette année Christian Lutz pour le Grand Prix ISEM 2020 doté de 8000€ et Julia Gat, Prix Jeune Photographe 2020 d’un montant de 2000€.

Le Grand Prix ISEM 2020 vient d’être attribué au photographe suisse Christian Lutzpour son projet « Citizens ». Ce travail documente les mouvements populistes en Europe, dont les « arguments nous renvoient à nos frontières physiques et symboliques ; préparent le terrain de la guerre sociale, des phobies, des asphyxies de la pensée et du lien humain », écrit le photographe qui s’est déjà rendu depuis plusieurs années en Hongrie, au Royaume-Uni, en France, en Pologne, en Autriche, en Allemagne et en Suisse, « sur des lieux (des villes) dont les municipalités sont entre les mains de partis populistes de droite glissant pour certains vers le fascisme ». Grâce au prix d’un montant de 8000€, le photographe va continuer son périple en Italie, Espagne, Grèce, Serbie et en Slovaquie. Ce travail sera exposé en 2021 au festival photographique de Sète, ImageSingulières.
http://www.christianlutz.org/

Les projets de quatre autres photographes ont également retenu l’attention du jury pour ce Grand Prix :
Brigitte Grignet (Belgique), avec un travail sur la Pologne à l’heure du parti ultraconservateur, le PIS
– Cristóbal Olivares (Chili) sur les violences exercées à l’encontre des Mapuches au Chili, violences autant psychologiques que policières ;
Alessandro Penso (Italie) sur les camps de réfugiés du centre de l’Europe, notamment traversés par l’épidémie du coronavirus ;
Mélanie Wenger (France) qui raconte l’industrie de la chasse aux animaux d’Afrique aux États-Unis à travers l’histoire d’une famille de ranchers texans.

Le Prix Jeune Photographe qui récompense un·e jeune photographe résidant en France, de moins de 26 ans, a été remis cette année l’a photographe israélienne vivant à Marseille, Julia Gat avec sa série Upbringing. La série primée documente l’enfance épanouie : des jeunes, en plein jeu ou en voyage, animent ces corps libres, débordants d’énergie. Leurs dynamiques de groupe, à la limite de la chorégraphie, me servent comme terrain de recherche visuelle sur la relation de l’individu à son environnement. Les contrastes et couleurs vives reflètent la pureté de leur quotidien, une certaine fraîcheur. La particularité de ces enfants repose sur leurs environnements éducatifs : des modèles alternatifs.

Depuis 2010, je photographie le quotidien de mes frères et soeurs qui sont non-scolarisés : grandissant dans une structure personnalisée, nous avons suivies des cours et des activités choisis par rapport à nos propres centres d’intérêt. En 2014, j’élargi ma pratique et documente la communauté des familles non-scolarisées en France et en Israël.Une sensation de liberté et de curiosité ludique stimule le développement, le changement, l’apprentissage. Upbringing va au-delà de la documentation traditionnelle pour représenter l’enfance d’une manière inédite : il permet ainsi de questionner notre perception du processus éducatif, surtout lorsque l’apprentissage se retrouve dans tous les aspects de la vie. Au fil des années, le projet développe une volonté de mettre en lumière la multiplicité des formes éducatives, dans ce monde en transition. La série continue donc en 2018, au sein de l’école Montessori De Korg à Rotterdam, avec le souhait de s’ouvrir à d’autres structures alternatives dans le futur.
Upbringing est une invitation ouverte à jeter un regard actif sur le monde autour de nous, une contemplation de ces moments d’entre-deux qui composent notre quotidien. En contribuant à la discussion sur la photographie comme catalyseur de changement positif, Upbringing célèbre la recherche d’innovation dans l’éducation, la possibilité d’une enfance plus libre.

Deux autres travaux ont aussi particulièrement retenu l’attention du jury :
Benoît Durand, sur les ravages du chlordécone, un pesticide organochloré toxique, aux Antilles
Lauren Pearso sur un groupe de militant.e.s anarchistes, féministes, anticapitalistes vivant de squatt et d’actions sociales.

Les Prix ISEM de la photographie documentaire sont attribués chaque année par le festival ImageSingulières, l’ETPA et Médiapart.

http://prixisem.imagesingulieres.com/laureats.php

Ericka wiedmann